Poesia falada. Pessoas se reúnem para assistir poetas batalhando, a arma: a capacidade de se expressar.
A sensação de ter a palavra, conduzir a atenção das pessoas, expressar as mais diversas coisas dos mais diversos ritmos; só o slammer saber o que é isso.

Levar aos ouvidos do outros relatos de profunda intimidade que ao serem trabalhados pelo artesãos e artesãs de verbos se mostram lâminas que deixam em carne viva nossa subjetividade, claro que aqui o ferimento se trata do primeiro estágio para a cura e a figura de linguagem violenta um recurso para apontar que ali você escuta coisas difíceis.

Ali traumas são expurgados e você pode chegar a ver a teia de empatia que surge nesses momentos. Rápida e sutil como uma rima interna. Quando a poeta diz você escuta. Ali você aprendi mais sobre si, sobre o seu contexto social, sobre os outros, sobre a hostilidade que é produto do modo como estamos organizados enquanto sociedade, sobre as contradições do nosso estilo de vida. Ali você pode até sentir que os mais jovens tem mesmo a força e a criatividade necessária para construir tempos melhores.

E quando vai ser a próxima edição? ainda não sabemos, mas cola com a cascadocs que a gente vai ficar de olho.